Estudo revela potencial desastre ambiental na Foz do Amazonas

Em caso de derramamento de óleo, Brasil e países vizinhos seriam afetados; Petrobras discute perfuração na região.

Um estudo do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), com apoio do Greenpeace Brasil, revela que um eventual derramamento de óleo na Bacia da Foz do Amazonas poderia contaminar centenas de quilômetros de mares e regiões costeiras no Brasil e países da Amazônia.

A pesquisa destaca os graves impactos ambientais e sociais de um possível vazamento, afetando drasticamente a vida marinha e a população costeira.

Realizada em março, a bordo do veleiro Witness do Greenpeace, a expedição Costa Amazônica Viva navegou pelas costas do Amapá e Pará. A região deve ser perfurada pela Petrobras ainda neste ano. A Bacia da Foz do Amazonas conta com 213 blocos exploratórios em oferta e estudo.

Os pesquisadores lançaram ao mar sete derivadores, equipamentos oceanográficos equipados com sensores e antenas que transmitem sua localização em tempo real, captando informações da temperatura da superfície do mar. Esses dispositivos foram lançados tanto na plataforma continental interna quanto na externa, em pontos estratégicos ao longo da Foz do Amazonas e do Bloco 59, um poço de petróleo no litoral do Amapá.

Marcelo Laterman, coordenador da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, relembra o histórico de acidentes na região, destacando a necessidade de mais conhecimento e monitoramento. “Exemplo da necessidade de mais conhecimento é o histórico de 95 perfurações em águas rasas na região, a maioria pela Petrobras, que contabilizou 27 acidentes mecânicos e nenhum poço bem-sucedido. Hoje, a ameaça é ainda maior e as incertezas são as mesmas”, diz.

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