O mercado físico do boi gordo abre a semana pressionado, com os frigoríficos testando níveis mais baixos de preços.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir por tentativas de compra em patamares mais baixos, considerando a atual posição das escalas de abate.
“Em muitas indústrias, a programação do mês de setembro já foi definida. A incidência de animais de parceria (contratos a termo), ajuda a explicar essa movimentação. Sob o prisma da demanda, as exportações seguem agressivas em 2025”, ressalta.
Entretanto, conforme Iglesias, a movimentação cambial, com o real trabalhando próximo à linha dos R$ 5,30 por dólar, gera outro elemento de pressão sobre os preços da arroba.
Cotações médias da arroba do boi
- São Paulo: R$ 306,83 — na sexta: R$ 308,58
- Goiás: R$ 291,79 — R$ 295,36
- Minas Gerais: R$ 288,24 — R$ 292,94
- Mato Grosso do Sul: R$ 320,82 — R$ 321,02
- Mato Grosso: R$ 300,41 — R$ 301,89
Mercado atacadista
O mercado atacadista volta a se deparar com acomodação em seus preços, em um ambiente pautado por menor apelo ao consumo.
“A carne de frango apresentou valorização no decorrer da primeira quinzena do mês, e essa situação aumentou a competitividade da carne bovina”, conta Iglesias.
O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,10 por quilo; o dianteiro segue a R$ 18,00 por quilo; e a ponta de agulha continua no patamar de R$ 17,10, por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,60%, sendo negociado a R$ 5,3211 para venda e a R$ 5,3191 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3071 e a máxima de R$ 5,3491.